O “Namoro à três” é a possibilidade de não nos prendermos em “humanidades” inerentes de qualquer imersão no mundo do outro, é mergulhar nas potencialidades que a presença de Deus permite quando se procura “fazer diferente”.
Essa presença divina é aquilo que nos faz entender que confiar nas nossas capacidades humanas nivela “por baixo” qualquer tipo de relacionamento. Deus é o que dá sentido e realiza, de modo que o namoro (prólogo de um possível casamento) não pareça pouco diante de outras experiências, outras vocações.
Pessoalmente tenho me incomodado profundamente pela carência, mesmo no ambiente em que freqüento, de famílias que realmente se amam… de casais que se querem bem, também por terem Deus em primeiro lugar e assim, caminham com Ele, sem medo de cair e Recomeçar.
A paixão amadurecida não nos deixa estar cegos, não permite que o carinho e os afetos humanos nos tirem a consciência a respeito da importância de um amor “interceccionado” por Deus. Porém a descoberta de que é Ele quem dá sentido a experiência, deve ser feita cotidianamente e com muita paciência.
O meu sonho de construir um relacionamento nesta dimensão, de forma profunda e verdadeira e que valha a pena, por não só me satisfazer humanamente, mas por me fazer sentir uma plenitude e a certeza de que não é outro que uma escolha totalitária por Ele, tem se realizado aos poucos, por estar simplesmente disponível e aberto para escutá-Lo em cada momento.
“Namorar a três” é o modo que Deus me fez entender que não estou vivendo essa experiência de modo egoísta. Que estou deixando que Deus trabalhe na minha vida e me fazendo responder às Suas expectativas de construir, aos poucos, uma possível família que irá de encontro aos paradigmas contemporâneos. Assim, com Deus guiando nossos relacionamentos, percebemos que a potência do nosso amor pode se tornar INFINITA, como é infinito o amor Dele por nós.