Aqueles belos olhos escondiam uma alma diferente dos mortais que havia conhecido.
Um semblante profundo, uma exigência e uma sede de infinito
que em tantas vezes eu me encontrava.
Até mesmo o andar desengonçado, o esforço contínuo de ser um pouco delicado,
me apresentava um dos pássaros mais belos da celeste fauna.
Mas o lindo rouxinol ainda não sabia voar.
Tinha já cantado para um número incontável de expectadores,
mas nunca havia podido alçar vôo e descobrir que existem outros mundos
em que o seu canto parecia mais necessário.
Depois de diversas quedas o lindo rouxinol descobriu que precisava encontrar uma orientação
um incentivo, um sentido, para continuar seu canto, mesmo sem ainda ter alçado vôo.
E foi justamente o assoviar dos sabiás, o grito estridente das águias e falar engraçado do papagaio que fez a ave descobrir que não estava sozinha.
Assim… aos poucos, mesmo com as inevitáveis quedas,
o Rouxinol foi se descobrindo e entendendo que mesmo sem saber voar,
o mais importante, para finalmente alcançar seu maior objetivo,
era certamente não deixar nunca de cantar.
PS: Poesia escrita em comemoração ao aniversário da Natalia Cassiolato. A dona dos mais belos olhos e de uma alma – convite para o “universo do profundo”.
Nati
!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Valter, sem palavras pra uma homenagem tão linda como essa!!!!!
Fiquei sem folego…
queria te agradecer à altura, mas agora não me ocorre nada, apenas que você é, com certeza um papagaio d fala engraçada que me mantém no coral!
Ti voglio tanto bene!!!!!!!!!!!!