Sempre me perguntei sobre o verdadeiro conceito de amor. Se devo amar movido pelas minhas paixões ou se devo tantas vezes pautar-me com segurança através da razão.
Ouvi de um sacerdote a história de uma monja que, ao ser questionada sobre sua fé e seu amor a Deus, dizia que poderia compará-los com um dia chuvoso, nublado. Ela não via e nem sentia a presença do Sol, porém SABIA, que além das nuvens que se formavam, lá Ele estava, aquecendo o coração de tantas pessoas e dando sentido às coisas.
Essa história me fez pensar justamente que também o sentimento deve passar pela razão, que muitas vezes amar é mais uma Escolha que um estado de espírito. Não que se apaixonar deva ser algo racional, pois novamente uma frase de outro sacerdote me fez entender esse sentimento. Ele dizia que a paixão é a força da natureza (Eros) que nos impulsiona a ir de encontro ao outro e querê-lo bem, para que não sejamos máquinas e a vida perca a sua beleza intrínseca.
A última (penúltima) vez que me apaixonei acredito que tenha sido uma paixão cega. A vontade de estar com a pessoa era tão grande, que não conseguia nem explicar o fato de porque a queria tão bem, parecia algo extremamente condicionado, pois era um relacionamento tão frágil e superficial que, mesmo depois de tantos anos, não construiu bases sólidas.
Agora, com a maturidade e as certezas que o sofrimento de não ter compreendido meus sentimentos causou em mim, consigo ir além do simples fato de querer construir minha vida com alguém, de estar novamente (e felizmente) apaixonado e ver que nem sempre as coisas acontecem como vemos nas telenovelas.
O amor é algo muito mais puro e singelo, mais verdadeiro, custoso, porém “realizante”. É o que nos traz felicidade, alegria, que não é condicionamento e sim uma construção cotidiana advinda da disponibilidade de morrer a si mesmo, para dar vida pelo outro e por Algo Maior.
Assim… o amor é mesmo fruto de uma força inexplicável, tantas vezes ilógica, mas o que fazemos com os nossos sentimentos é o que nos faz homens, o que diviniza a nossa razão, pois é através de um amor inteligente é que vai aos poucos sendo construída a nossa plena felicidade.
Gi Godoi
Racionalmente falando o certo é balanciar as decisões sob bases racionais e emocionais, mas quando a decisão a ser tomada diz respeito ao amor, nunca (ou raramente) conseguimos impedir que as atitudes tenham base unicamnete nos sentimentos.
Deveria ser muito mais fácil compreender as coisas quando conhecemos os arguemtnos mas não é, na verdade, parece até mais difícil, porque daí somos nós contra nós mesmos.
Bjs.
Obs.:talvez a minha dificuldade seja maior pq meu coração é feminino e sabe como é….
Vitor
Eu sempre penso o contrário: “amar é mais uma Escolha que um estado de espírito” – sentir o amor é tão menos trabalhoso que uma escolha…