Sabe quando a gente, mesmo cansado, exausto de apanhar, percebe que ainda faltam alguns “rounds” para o fim da luta e que, se quiser dar cabo do combate, é melhor deixar-se cair no próximo soco? Bom… é imerso nessa cena em que me vejo nesse exato momento.
Venho sendo questionado pelo caráter tantas vezes pessimista dos meus escritos, mas os tenho feito desta maneira, sobretudo porque as prestações em que a minha felicidade procura “vender-se” vencem a cada quinzena.
Agora, que aparentemente estou quase são de uma batalha perdida, de um quase definitivo nocaute, recebo um soco no baço, ou mesmo na cara. Ele sempre vem.
Procuro aos poucos me fortificar para agüentar todas as lutas até o final, mas às vezes me dou conta de que o melhor mesmo é entregar, me render.
Em algumas lutas o adversário nem sempre está preparado para nos vencer, a nossa vontade é maior que o medo, mas quando não é assim, é melhor não pensar que é possível suportar os golpes por tanto tempo.
Por isso, eis-me aqui, rendido novamente. Derrotado pelas circunstâncias, mas crente, de modo subjetivo, que vou entender só depois, a importância de mais essa derrota.
Vitor
Domingo, Bruno, Elaine, irmã da Elaine e amigos discutíamos aqui na sala da happy-ública. Uma hora falei de um exemplo que meu professor dava: “Temos dois cachorros dentro da gente, brigando o tempo todo. Um é o cachorro bom, o outro é o cachorro mau. Qual é o cachorro que vence a briga?” – ele perguntava para a sala de aula de alunos de 20 anos e ninguém chegava a sua resposta que era: “aquele que a gente alimenta mais”. Contudo, nas discussões, falávamos sobre competição. O amor compete com o não-amor? E essa história que sempre carrego comigo que o meu professor contava, ficou em cheque. Lembrei de um texto e cheguei a conclusão de o amor, o real amor, não vence o mal, pois não compete com ele. Porém, o mau compete com o amor pois seu ideal é o da competição, da separação. Em nossas discussões, era mais profundo e claro, mais do que estou conseguindo botar aqui em palavras escritas, mas era mais ou menos isso: O amor só quer existir e pronto, com isso se realiza. O mal se realiza na hora em que vence o amor. Ainda acho que aí, na teologia, entra a questão da soberba, do anjo caído que virou diabo… E eu lembrei desse texto meu, que em um momento fala sobre a competição: http://cab.blogspot.com/2007/08/um-amigo.html
Valeu, Valter! Veja se vem conhecer a nossa casa nova! Grande abraço!