A vida é essa divina festa.
Com músicas coreografadas, solos, sempre muita dança.
Têm momentos em que se está sozinho…
Outros em que o passo é bem ensaiado e em grupo, para que a beleza seja expressa pela individualidade do conjunto.
Mas é sempre dança.
O difícil mesmo é ouvir qual o tipo de música que o DJ coloca pra tocar.
Pra saber se é samba ou valsa aquilo que se deve dançar.
Se é importante estar sozinho pela velocidade dos passos,
ou se é melhor à dois, pra não perder o compasso.
Porque na festa os gritos da galera tantas vezes atrapalham.
Nem todo mundo sabe dançar ou até mesmo gosta, mas ninguém quer sobrar.
Passo a maior parte do tempo procurando entender e aprender os passos das dança que consigo ouvir tocar.
Já dancei sozinho, até mesmo um forrózinho, já aprendi coreografia e agora estou aprendendo a dançar samba.
Mas os melhores momentos vividos
foram justamente quando percebi que a gente aprende a dançar com quem está ao lado.
Tem sempre alguém que tem mais facilidade pra dançar
e que alguma coisa pode ensinar.
Um passo novo, um jeito discreto de não esconder o molejo,
tantas vezes é o que mais desejo.
Assim tenho aproveitado a Festa, nem sempre dançando certo ou deixando de errar o passo aprendido.
Mas prefiro assim, do que passar todo tempo sentado
e no final da Festa sentir-me tristemente arrependido.