As duas estudantes que se conheceram no primeiro dia intenso de aula, viveram juntas a adaptação no famoso curso preparatório que tem como preocupação, o ingresso de jovens no Ensino Superior.Moças iguais, vivendo a mesma situação, muitas vezes constrangedora, para enfrentar o tão temido processo seletivo, e assim conquistar a almejada vaga no mundo do conhecimento e, posteriormente, no Mercado.
As diversas carreiras, caminhos “construíveis” permitem uma infinidade de escolhas, todas dentro de um padrão pré estipulado. “Nada pode atrapalhar o andamento do Sistema”. Uma quer fazer física a outra biblioteconomia, uma pensa em números e “estruturas” a outra viaja no conhecimento do “mundo homem” ou seria por acaso homem mundo?
O caso é que ambas estão, dia após dia, na mesma luta e o convívio que leva à conquista do objetivo baseia-se e enriquece justamente da diferença entre os mundos de uma e da outra.
O fato de procurarem uma convivência pacífica foi criando uma espécie de membrana nos olhos das garotas, uma espécie de lente de contato, sendo já desprezíveis os óculos mágicos, pois a Natureza as havia presenteado com um desenvolvimento específico, fruto do esforço de não serem concorrentes, mas procurarem construir juntas, se ajudarem, preservando as diferenças, o “algo a mais” que não passa.
Esse primeiro caso específico de harmonia foi instantaneamente detectado pelos órgãos de imprensa da Cidade dos Óculos Mágicos e serviu como primeira solução para a restauração da ordem naquela que é ainda caótica, em decorrência do desaparecimento dos tais óculos.
Primeira parte: http://vartzlife.wordpress.com/2007/08/16/a-cidade-dos-oculos-magicos-parte-i/