Enquanto a mídia ocidental faz questão de ocultar os acontecimentos do oriente, é possível perceber que algumas mudanças são aos poucos preanunciadas na comunidade mundial.
Na China, esta semana, mais de mil personalidades assinaram juntas uma carta aberta ao governo pedindo a liberação imediata dos presos políticos e liberdade de imprensa, visando construir uma nova imagem do país no cenário internacional.
A constituição chinesa (Constituição da República popular) evidencia o fato de que o partido comunista se empenhou solenemente a governar o país como um Estado de direito, respeitando os direitos humanos, contudo nos últimos anos, todos aqueles que se manifestaram publicamente contra o governo, sobretudo escritores, jornalistas, advogados, foram presos e condenados.
A carta foi censurada em todos os meios de comunicação e muitos dos cidadãos não irão nem conhecê-la, mesmo a quantidade de adeptos ter sido de grande relevância. Desde de a Primavera de 1989 não havia um protesto com essas dimensões, visando uma reforma política e as liberdades individuais.
Estão bem evidentes os murmúrios sociais de 2007, esse é só mais um entre tantos. Algumas problemáticas globais, a necessidade de uma cooperação mundial para amenizar os impactos humanos no planeta, vai aos poucos reconstruindo os conceitos de mercado, consumo, impondo ao menos uma mínima atenção à exploração sustentável.
Tenho procurado entender qual o meu papel diante de todos esses acontecimentos e a importância de estar agindo ativamente na construção de uma nova sociedade… dei-me conta que, se procuro ao máximo ser coerentes às minhas escolhas, esta é já a primeira forma de manifestar contra o assassínio do mundo feito pelos homens.