É engraçado perceber como, cada vez mais, tenho me dado conta que exijo dos outros o que quero pra mim e critico àquilo que são os meus maiores defeitos.
Não sei se é a psicologia que explica tudo isso, mas me vejo sempre espelhado nas pessoas e, quase sempre, em uma conversa mais profunda, com alguém que realmente tem a coragem de dizer meus defeitos, buscando me fazer crescer como pessoa, descubro que, antes de tudo, devo aprender a me aceitar, limitado.
Tenho vivido todos os últimos anos dessa minha breve vida, exigindo coisas das pessoas que estão à minha volta, sem me dar conta de que todas essas brechas são justamente os meus limites espelhados.
Desde então tenho entendido que as diferentes concepções de mundo, os diferentes modos de conceber sentimentos, são complementares e não “excluíveis”. Assim, percebo que todas as minhas tentativas de convencimento, de direta ou indireta vontade de “convencer” os outros das minhas verdades, são motivos de frustrações contínuas, constantes.
Espero que as pessoas acolham esse meu ser paradoxo e entendam que uma das minhas maiores dificuldades é justamente entender que o meu “ óculos” foi diferente dos demais.