Month: July 2007

Enchente

Enchente

_Porque não posso usar o bilhete único???

_Não está carregado meu garoto!!

_Que merd… !!! Eu devia ter ouvido o meu pai quando ele disse para carregar o cartão no metrô…

 _ Mãe vou dormir!!!

 _ Tchau… boa semana!!!

 _ Sim… aceito…

!!BASTA!!!

Estar aqui esperando que a chuva passe em uma catastrófica segunda – feira, abre alas da semana – advento de mais um ano completado. Não acreditava que ela começaria de forma tão impertinente, mas também não vou ficar aqui perdendo tempo “viajando” e vendo a chuva cair.

Correr na chuva da uma sensação gostosa, de parecer nunca chegar aonde queremos, mas continuamos, corremos.

Carros imersos ao mar das ruas e seus bueiros entupidos com o lixo que não foi recolhido a semanas. Que infortuna!!!

Continuo com meus passos, a curtir o banho celeste… o tênis já está mesmo encharcado, mas a vontade de chegar é maior do que a de abster-me.

Sinto uma alegria louca… uma certeza de que são poucos os privilegiados que podem protagonizar tal espetáculo.

A enchente assola bairros pobres, pessoas pobres. São eles os maiores prejudicados, mendigos arrastados, mergulhados no mar criado.

Enquanto isso, dou risada dos ricos vendo seus carros sendo levado pela correnteza… Audi, Mercedes… o aquecimento, o ar condicionado e o DVD não adiantam na situação em que nos encontramos.

Bom… cheguei. Encharcado, mas feliz de ter chegado.

Vou estudar, sem tantos motivos humanos e filosóficos, mas somente coma esperança de um dia, sem pestanejar, esses pobres eu consiga ajudar.

Dança comigo

Dança comigo?

Dança comigo

Basta pensar pra se dar conta da felicidade emergente.

Basta de acreditar que dá pra ser feliz sozinho.

Basta dançar pra ver o quanto é bom se divertir.

Basta de ficar sentado, só porque não sabe os passos da coreografia.

Vai vendo o quanto coisas boas não param de acontecer contigo.

E perceba que a presença dos outros é iminente a tudo isso.

Vai vendo que mesmo sem saber, você leva jeito pra dança.

Levanta, mexa-se, sinta a alegria de pular feito criança.

Aí sim é possível reencontrar a alegria que te movia.

E ver você hoje sorrindo é tudo o que eu mais queria.

Pois quanto mais a gente aprende e dança até que bonitinho

Mais a gente não quer estar na Festa sozinho.

Neo-liberdade

Neo-liberdade

Nasci em um mundo feito de paradoxos delineáveis em que jovens como eu, como você, procuramos TODOS uma coisa em comum: A Felicidade. Ser feliz é uma busca que nós faz sermos realmente iguais. São somente os conceitos de felicidade e os diferentes modos de alcançá-la que nos diferencia.

Desde que comecei a “andar com as minhas pernas”, tomando minhas decisões de forma consciente, tenho percebido diferentes buscas, algumas padronizadas, outras ainda ocultas. A liberdade de escolher o que quisermos me deu sempre a certeza de que a minha vida é aquele papel em branco em que tenho os lápis de cor para colori-lo do modo que eu mesmo entender. Porém o conceito contemporâneo desse “ser livre” vem sendo deturpado através de uma singela escravidão de si mesmo, baseada em satisfações pessoais, proposta pelo mundo Capitalista e enaltecida pelos meios de comunicação.

Vendo meus colegas, observando essa busca desenfreada por uma felicidade individualista, egoísta e, sobretudo, percebendo rostos cada vez menos sorridentes, jovens cada vez menos resolvidos com si mesmos e mais preocupados com o que “os outros” vão achar, comecei a me questionar sobre essa tal liberdade.

Assim passei a entender que sozinhos jamais seremos capazes de nos libertar radicalmente dessa escravidão e que liberdade “não significa tanto a possibilidade de escolher entre o bem e o mal”, pois esses têm se tornado conceitos cada vez mais relativos na nossa sociedade, mas é algo que nos leva a um contínuo caminhar rumo ao bem.

A partir disso, vi que para sentir profundamente a liberdade é preciso amar, pois aquilo que nos torna mais escravos é o nosso eu. Ao passo que, pensando sempre no outro, ou naquilo que o nosso coração ou a consciência nos diz profundamente, não pensamos em nós e somos livres de nós mesmos.

Fomos chamados para a liberdade, mas quase sempre essa liberdade se realiza quando fazemos algo para quem está ao nosso lado. Esse é o paradoxo do amor: somos livres quando por amor nos colocamos a serviço dos outros; quando, contrariando os impulsos egoístas, nos esquecemos de nós mesmos e estamos atentos às necessidades dos outros. Esse amar muitas vezes é perder, perder-se, pela felicidade do outro, que em contrapartida, nos presenteia muitas vezes com sorrisos que justificam a nossa existência.

Música de criança

 criança

Quando criança, tinha certeza de que nada do que fazia

eram responsabilidades, compromissos, coisas que me prendiam.

Antes eu tinha certeza de que tudo o que fazia

eram coisas singelas, gostosa e eu sempre sorria.

Meus pais vivem me dizendo que não sou mais o mesmo

que fui uma criança prestativa, única e sem preço.

Mas agora cresci e o que eu era e fazia antes,

tenho procurado reviver a cada instante.

Hoje, a minha única certeza é não estar certo de nada

passos, escolhas, amores, futuro.

Nenhum baluarte faz eu me sentir seguro.

Somente àquela canção da flauta encantada.

Meu Deus vive me fazendo ouvir aquele sussurro sonoro.

Com tantos barulhos, as vezes peço ajuda, imploro.

Pois agora cresci e o que eu era e fazia antes,

tenho procurado, mais do que nunca, reviver a cada instante.

Schifo statico

Schifo

Ahgh che schifo!!!!!

Voglio vomitare!!!!

Se mi metto a guardare

Quello che il mondo mi fa fare

Sognare

Desiderare

Sputare lo spreco

Di tempo

Talento

Scegliendo lo sterco.

Ci vuole una rivoluzione

Cambiamenti,

un’altra guerra almeno

e anche se non succede nulla

non me ne frega essermi preso da scemo.

Non posso svegliarmi di nuovo

E vedere miei amici cercando la felicità

In cose che ci riempono la testa

Può essere anche una festa,

ma alla fine rimarrà sicuramente il vuoto.

Ma che ci posso fare??

Sedermi ad aspettare???

Non, voglio almeno provare

Con lo sforzo di ricominciare

Presentarli la gioia

se ci si mette ad amare.

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