Era uma vez um Senhor dono da maior confeitaria do mundo.
Seus bolos eram conhecidos em todas as partes da cidadezinha onde habitava. Todos faziam questão de comprá-los, às vezes sem nem mesmo se preocuparem com uma ocasião específica, o que valia era saboreá-los.
Há tempos, muitos cidadãos procuravam descobrir o segredo do Confeiteiro. Uns acreditavam que era a cobertura de chantili, outros a massa saborosa, mas ninguém entendia o que fazia seus bolos serem tão especiais.
Passaram-se muitos anos e o Confeiteiro adoeceu. Assim Ele precisava que alguém continuasse a produzir seus saborosos bolos. Pensando em que poderia substitui-lo naquela função, lembrou-se de seu neto Cristiano, cria do seu filho carpinteiro, um garoto sensível e de bom coração.
Quando sentiu que estava chegando a sua hora de partir, chamou Cristiano e contou a seguinte história:
Existia um Deus que se fez homem e que nos comparou ao fermento, ou melhor, disse que somos fermento e, por isso, envolvidos na massa é que somos quem Ele nos fez!
Quando comemos um bolo gostoso – como aqueles que eu faço – elogiamos sua beleza, perguntamos quem o fez, nos deliciamos com tudo e vamos ao encontro de quem a fez para parabenizar!
Entretanto, nunca se viu alguém perguntar sobre qual fermento foi usado! Pois é! Fermento, ninguém vê! Portanto, se continuarmos querendo que nos vejam, é possível que ainda não tenhamos compreendido quem somos!
É hora de rever a história e entender o que esse Deus nos quis dizer. Caso contrário, vamos ficar querendo ser enfeite do bolo, quando, na verdade, Ele nos quer realizando o que é essencial – a parte do fermento – e nada mais.
Depois de contar essa história o Confeiteiro se despediu do menino e se foi.
Cristiano ficou alguns minutos procurando entender aquela história, tentando encontrar correspondência com os bolos, mas entendeu que aquilo era na verdade um segredo muito maior. Aquelas palavras o fizeram entender o porquê da felicidade e da plenitude do seu avô. Ele era o fermento do bolo e com seu sorriso, seu amor, gentileza, atraia as pessoas, que usavam como desculpa a necessidade de comprar seus bolos, para estar alguns momentos com Ele, conversando, tomando um chá.
Desde de então Cristiano entendeu que mais que conquistar as pessoas com seus talentos, é mais fácil, imerso na massa e através do amor às pessoas, ser fermento.
Flávia Redivo
Adorei. Eu estava precisando de um conto como este, para me colocar mais no lugar do fermento. Últimamente estou querendo ser o enfeite, talvez o mais chamativo do bolo, quando na verdade, a necessidade que sinto aqui dentro, vai além de ser a decoração.
Parabéns Valter.
Marila
Pessoas criativas e com aquele contato com o Eterno Pai , nem é preciso de tanto neh…
Meu ficou demais ….super super…
beijos…valeu!!!!!
Unisssimo
Lucia
Gostaria de saber os dias do seu curso de confeitaria ,e também de massa americanas
obrigado