Month: June 2007

A princesa, o espelho e a janela

princesa

Uma nova fase começou na vida da princesa assim que ela redescobriu quem realmente era e reaprendeu a se olhar no espelho. Parecia que tinha um novo mundo para viver. Passou a ver o quanto as suas virtudes, mas também seus defeitos serviam para tornar o reino ainda mais belo.

A coroa que ela havia perdido tornou-se irrelevante, na medida em que ela notava o quão bonitos eram os seus olhos, delicados seus cílios, avermelhada a sua boca. Era realmente uma jovem magnífica.

Porém, o tempo passava e diante das suas dificuldades e desencontros consigo mesma, a princesa buscava o espelho sempre que era preciso apaziguar sua alma. As respostas pareciam estar sempre nela, escondidas no próprio ser, na própria imagem.

Assim, a princesa foi ficando cada vez mais tempo em seu quarto, para se conhecer minuciosamente e explorar suas capacidades ao máximo, para então cativar ainda mais seu povo. Consequentemente, o espelho tornou-se o principal objeto do quarto. Ela passava horas em frente a ele, não via mais ninguém, quase esquecera como eram as outras pessoas.

Mas um dia, improvisamente, vendo seu reflexo no vidro como estava acostumada a ver no espelho, aproximou-se da janela e vislumbrou a “infinitude” territorial do seu reino. Lá longe conseguia observar os pássaros planando em volta do cume das montanhas, as árvores floridas, as crianças correndo, os comerciantes na feira… Tudo era realmente lindo.

Havia esquecido do mundo e suas belezas depois que começou a passar horas, todos os dias, diante do espelho. Ali, a princesa se deu conta do quanto havia perdido. A dimensão sem medidas do mundo.

Daquele momento em diante ela dividia alternadamente o tempo em que olhava para si mesma, admirando as belezas que existem do outro lado da janela.

A primeira parte da história está no post A Princesa e a Coroa (https://escrevologoexisto.com/2007/04/05/a-princesa-e-a-coroa/)

A mais bela

mais bela

No imenso jardim que florescia durante a primavera.

De rosas, margaridas, orquídeas,

procurei uma flor, diferente,

não a mais bela,

mas a mais especial.

Passei os primeiros dez dias

analisando cada metro quadrado de flora,

incomodado por moscas, mosquitos e abelhas,

que pareciam se opor a minha empresa.

Os dias viraram meses e esses, anos, dois ao menos.

E não encontrava nunca àquela flor,

em meio as tantas outras comuns.

Porém certo dia, caminhado descalço no imenso jardim,

perfurei meu pé no que pensei ser um espinho.

Queria maldizer o mundo, falei mal até de Deus,

mas procurando ver em que tinha pisado,

encontrei a flor mais bela que já havia visto.

Suas pétalas delicadas,

o caule espinhoso,

porém de um verde intenso.

Era uma flor realmente magnífica.

Queria ela pra mim, não queria deixá-la morrer,

passava horas cuidando dela,

mas o inevitável aconteceu e ela se foi.

Virou alimento para os brotinhos que viriam florescer.

Morreu por amor.

Porém, os anos se passaram,

continuei procurando, querendo crer, sem temor

mas nunca mais encontrei naquele jardim,

algo tão belo como aquela flor.

Poesia em homenagem à Raquel Cassiolato, que fez aniversário ontem e agora encontra-se em Londres

Feliz Cidade

Feliz Cidade

Feliz cidade é aquela dos arranha-céus imensos

e pessoas correndo.

Felizcidade é poder contemplar o infinito

escondido no seu sorriso bonito.

Feliz cidade é aquela da Paulista,

de gente às vezes excessivamente egoísta

Felizcidade é poder ser seu amigo,

poder passar uma tarde de domingo contigo.

Feliz cidade é essa de estudo,

trabalho, de fazer um pouco e também tudo.

Felizcidade é descobrir a sua riqueza,

tudo que se esconde por detrás da sua beleza.

Feliz cidade é essa onde moro,

que cresci, aprendi, e que eu adoro.

Felizcidade é poder comemorar pela primeira vez,

mas um aniversário que você fez.

Felizcidade é poder estar na FELIZ CIDADE!

E entender que no final,

depois de ter feito cada coisa bem,

e outras “não tão bem”,

só nos resta uma palavra:

AMAR.

(Poesia em homenagem à Juliana – Mogi que hoje faz aniversário)

Voglio AmarLo

Voglio AmarLo

Se chiudo gli occhi, mi sembra soltanto incoronare quello che sento.

E soltanto quelli che si trovano nello stesso tunnel riescono a capirmi.

Ma cos’è il capire quando non si trova nessuna risposta dovunque cerchiamo??

Gesù Abbandonato è questo non capire,

non vedere,

non sentire,

è questo ammettere che non siamo capaci d’esseri felici se ascoltiamo la nostra

e non la SUA voce.

Voglio che il cuore capisca questo che da tanto la testa mi viene a dire

E allora voglio amarLo così.

Nel dolore.

Sicuro si che dietro c’è soltanto il Suo piano d’amore.

Page 6 of 6

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén