Day: 24 June 2007

O desaparecimento do amigo invisível

amigo invisível

Estava o menino com seu amigo invisível a vaguear pelas estradas. Há tempos tentava construir um diálogo profundo, um relacionamento verdadeiro com o amigo invisível, mas este estava sempre se escondendo, ocultando suas idéias, sonhos, mergulhando em uma introspecção que beirava o superficial.

O cansaço nos olhos do menino mostrava realmente que ele já havia tentado de tudo: falar para que o amigo estivesse à vontade, escutar para ajudar o amigo a falar e simplesmente perder, pra ver se assim despertava a vontade de compartilhar sua vida com ele. Porém, os anos se passavam, os dois iam crescendo juntos, mas o relacionamento entre eles continuava sempre o mesmo.O menino havia descoberto muitas coisas, vivido muitas experiências e em tudo despertava uma vontade imensurável de comunicar, co-viver, enquanto o amigo invisível continuava se fechando, construindo-se só.

Em uma tarde ensolarada em que o amigo invisível saiu para dar voltas no jardim, o menino encontrou uma garota pulando cordas embaixo da macieira. Ela estava bem contente, pulava, sorria e isso impressionava o menino, que logo perguntou:

_ Quem é vc?

Parando de pular e com um sotaque engraçado disse: _Paula! E vc?

Procurando responder rapidamente o menino disse: _ Estou procurando há meses essa resposta, não sou quem era, nem quem serei. Simplesmente sou, mas não sei o que!

A garota, impressionada e particularmente confusa com a resposta, sentou, encostando-se no tronco da macieira e começou a conversar com o menino. Falaram sobre as estrelas, sobre o céu, o Sol e enfim, sobre si mesmos. Passaram horas descobrindo-se e logo estavam rindo e contando piadas, pareciam amigos há anos.

Já no fim da tarde, o amigo invisível, voltando do jardim, observou distante a conversa e ouviu as risadas do menino e da garota. Sentiu logo uma tristeza por não poder se lembrar de um momento tão alegre vivido com o menino. Via-o agora tão contente com a garota que sentia um ligeiro arrependimento, mas era tarde.

Quando as estrelas começavam já a brilhar no céu, o menino se despediu da Paula e voltou contente para casa. Sentia-se presenteado por encontrar alguém como ela, com vontades e exigências convergentes. Desde então ele nunca mais encontrou o amigo invisível, que havia simplesmente desaparecido, para sempre.

Consegna

Consegna

  Apro le mie mani, ormai cresciute,

per la consegna dell’assai attesa bandiera.

Quelli che le portavano prima,

l’hanno dato un vero senso, un significato,

e ora ci volevano consegnare,

perché è la loro missione.

Ma per tenerla sempre in mano,

bisognavo prima scoprire il segreto.

Era necessario innamorarmi,

Accoglierla

La salvezza del mondo,

delle anime dei popoli di tutto il pianeta,

dipende di questo abbraccio,

da ogni singolo sì.

Così, tenere quest’oggetto in mano,

non è un peso,

neppure un gesto simbolico

ma una scelta radicale

di riempire ogni mancanza d’unità,

con l’amore.

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