Day: 21 June 2007

Receita do dia: Poesia

Poesia

1º- Pare de fazer as coisas osmoticamente, observe com destreza as belezas e a singularidade de cada coisa;

2º- Esteja alguns minutos sozinho, para refletir sobre a vida, as pessoas e tudo aquilo que tem vivido durante o tempo que se passou até então;

3º- Leia algo inspirador… poesias, músicas, romances, que possam mimetizar seus objetivos;

4º- Esteja em um lugar silencioso, barulhento, sozinho, acompanhado e escreva tudo aquilo que sente, sem se preocupar com concordâncias, coerências…

5º- Construa um texto procurando distanciar-se, traduzindo personalismos, para poder compartilhar e oferecer o que foi produzido às pessoas que estão ao seu lado;

Nutro-me de tudo aquilo que serve de inspiração: conversas, pensamentos, sentimentos e estoco tudo dentro de mim. Externar em poesia esses sentimentos, experiências, sonhos e o que eu considero devaneio, é o modo que encontrei de doar um pouco daquilo que tenho procurado fazer, os passos que aprendi na Grande Festa, ainda com modesta cadência, mas sempre seguros.

Transformar a vida em palavras é um exercício cotidiano, um desvendar-se, descobrir-se e perceber, mais que tudo, que vivemos experiências parecidas, que estamos realmente “no mesmo barco”, mas que, se sabemos aproveitar, podemos remá-lo juntos.

Silenzio

Silenzio

Non sento nemmeno i rumori

dei clacson fuori casa.

Oppure le gocce

che cadono e scorrono nel lavabo.

Guardo su e negli angoli della mia stanza,

ci sono quelle ragnatele

rimaste dall’imprevidenza colpevole

della signora della pulizia.

Cerco di concentrarmi respirando

e ogni tanto soffiando quell’aria che soffoca.

Alla fine mi fermo ad aspettarLo.

È già venuta la zia andicappata, il povero,

ma Lui non è ancora apparso.

Ma viene?

L’aspetto ancora un po’,

nel silenzio.

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén