Month: May 2007 Page 4 of 6

Credo

Credo

Acredito que todas as vezes que pressionarei o interruptor acenderá uma luz, mesmo sem saber o porquê que está além do conhecimento físico.
Acredito que no universo existem milhões de estrelas, mesmo nunca tendo visto nada além de potinhos no manto celeste.
Acredita-se que a natureza é fruto de um comedido acaso.
Acredita-se de que o homem é que edificou a terra, da mesma forma em que acredita-se que a felicidade é inerente àquilo que foi plantado previamente.

Venho procurando edificar meus credos para continuar caminhando rumo à plena felicidade.
Descobri que, imerso no mar de possibilidades, tenho que encontrar uma orientação para saber por onde estou andando e entendi que as minhas experiências são uma grande ajuda.
Nunca poderei explicar a minha fé, sobretudo porque ela foi construída por evidências e não por conceitos. Vivenciar momentos de plena comunhão com Deus, me fez ter a certeza da Sua existência, da Sua presença na minha vida.
Outro ponto de referência são os exemplos. Vejo uma quantidade enorme de jovens, que como eu, buscam incessantemente a felicidade plena. Muitos saem arriscando, vivendo as mais variadas experiências, experimentando tudo, para descobrir uma maneira de fazer com que a felicidade não seja demasiadamente descartável.
Porém, basta olhar as pessoas que identificamos como FELIZES, ouvi-las, para perceber um padrão de postura, de comportamento, voltado para os outros e descentrado de si mesmo, para entender o segredos – orientações para a almejada felicidade.

Vivendo conscientemente cada momento, tirando o melhor das experiências e das pessoas, buscando considerar a vida daqueles que já traçaram seus caminhos e por isso, servem de exemplo, parece quase impossível não acreditar que somos predispostos à Felicidade, que muitas vezes não é alegria, mas, se pararmos para pensar com profundidade, descobriremos o quanto realmente não nos falta nada. Vivo o que acredito.

Dor

Dor

Qual o verdadeiro significado deste vazio profundo?
Dessa sensação de estar fragmentado em incertezas, medos, lágrimas?

DOR: Paradoxo inefável de uma sociedade que a despreza, teme e repudia.

Encontro-a em um amigo que sofre por ter perdido a mãe, em uma criança esparramada no chão da cidade. Percebo-a no olhar triste das pessoas no ônibus, no descontentamento dos colegas de trabalho, nas reportagens apresentadas pelos telejornais… só vejo dor.
Dessa espetacularização de um nobre sentimento, procuro identificar mimeses entre o mundo e o meu interior e através do sussurro de um pássaro, trazendo à Mensagem, me dou conta do privilégio que se esconde na dor.
É através dela que podemos estar plenamente unidos às pessoas… sorrindo, sofrendo, chorando COM elas e tudo é verdadeiro, pois se vive a mesma coisa, se navega no mesmo mar de lágrimas. E nesse morrer a própria dor, para contemplar, compartilhar, a dor do outro, encontra-se àquilo que chamo UNIDADE.
Mergulhando nas dores da humanidade, do próximo, descobrimo-nos tantas vezes mesquinhos, tantas vezes fracos, pois existem dores realmente profundas, mas sobretudo entendemos que é através da delas que podemos amar mais pura e concretamente possível, sem posturas assistencialistas, de um que está bem e pode ajudar o necessitado, mas de alguém que ama a dor, a sua, através da partilha dela com os outros.

Até onde vai o seu amor?

Essa pergunta há tempos vem vagando no limite entre àquilo que chamo razão e o coração.

Sempre achei que o amor tinha uma área específica, um lugar ao sol, particular e claro, estático. Amar para mim era uma conquista com um fim, que seria coroada com uma perene e realizante paz.

Porém não… os desenlaces daquilo que parece ser a minha vida têm me mostrado novas facetas, configurações, de um amor dinâmico. Descoberto e “redescobrível” à medida em que não permaneço escravo de conceitos fixos, estáticos, e procuro um amor ainda mais completo, profundo, verdadeiro.

Nas redescobertas dessa nova “concepção” do amor, percebo-me sempre mais limitado, fraco. O egoísmo é evidenciado toda vez que tenho que sair de mim, morrer pelo outro(a), pensando e vivendo em prol de uma felicidade, que nem sempre transparece alegria.

É nesse amor que tenho me apoiado… nessa vontade inconstante, incessante, de morrer pela pessoa amada, às vezes perdendo sonhos, desejos, vontades, o futuro, para dedicar-me ao presente, à construir-me como pessoa, ser um, para depois, quem sabe (?) ser dois.

Em tantos momentos esse pensamento foge da racionalidade, sem se apoiar na humanidade, vai além, pois ama por ser etimologicamente amor e não por dependências. Através da busca de uma gratuidade imprescindível, edifica-se um novo ser, um novo amor, mais puro, paradoxalmente mais humano e também, mais divino.

É um descontruir-se para refazer conceitos, posturas… renascer. Quando esse amor – escolha, passa a permear nossas atitudes, a nos acompanhar em cada passo, servindo de pilar, condição, experimentamos um amor mais sereno, não tanto sentimentalismo, mas pleno.

Esse momento, essa experiência, dá sentido a dor e a dúvida, pois quando se ama, sem possuir, na liberdade, percebe-se um novo potencial, que não ama o status,o relacionamento, mas a pessoa.

Soffio soave

Soffio

È della finestra che io L’ho visto passare,
con la testa bassa e il camminare piano.
Chissà cosa voleva dirmi?
Comunque non L’ho voluto sentire.

Egli è come il vento d’autunno:
Soave, leggero, ma deciso.
Si fa presente, ma ci lascia scegliere.

Soffio, che man mano si avvicina.
Passi, che se ti accorgi affascina.
Sento, ascolto, accolgo… muoio.

40 mil jóvenes que creen que el Amor va a cambiar el mundo

Amor va a cambiar el mundo

Son las 10 a.m. de un jueves frío de mayo. Tomo mi bicicleta y voy al estadio de Pacaembu. Policías por todas partes, calles cortadas, constituyen una escena atípica para los paulistanos de la región central de la ciudad. Corro para buscar mi entrada y me encuentro a unos amigos del sur de Brasil, que vinieron específicamente para esta ocasión. Una atmósfera de alegría llena el estadio, jóvenes de todas partes del país, pero también argentinos, paraguayos, mejicanos, bolivianos, hermanos de América Latina que también querían participar de esta monumental fiesta. 

Entro al estadio a las 14hs y me encuentro delante de una multitud de personas. El estadio ya está lleno. Miro para todos lados, el estadio, el campo, el palco y siento que estoy frente a algo histórico y automáticamente se me dibuja una gran sonrisa. Cómo me cuesta explicar esta alegría a los que no comparten este mismo amor a la Iglesia. Cuánta es la paradoja de percibir, también, que los jóvenes que creen en el amor todavía son muchos. Saber es muy diferente a estar presente.

El tiempo pasa y el estadio se va completando. Veo mucha gente conocida que viven cerca de casa pero que por algún motivo no he podido ver de nuevo. Todos allí, esperando al gran protagonista. Todos allí, juntos, para escuchar las palabras de alguien que realmente cree en el amor y en nosotros, los jóvenes. Música y alegría siguen como un binomio imprescindible, emocionante. Imposible no sentirse delante de un momento único.

A las 1815 hs Él entra en el estadio! Gritos, palmas, fiesta, alegría! Se hace difícil contener tanta felicidad. Por primera vez el Santo Padre, Benedicto XVI, se encuentra con los jóvenes latinoamericanos. Luego de su bendición, la fiesta continúa… Danza, música y una presentación de nuestra realidad, nuestra angustia – de vivir en un mundo carente de Dios y sin ideas que sean realmente RESPUESTAS.

Entonces el Papa, con sus palabras, nos presenta su propuesta, su invitación a “creer en el AMOR”. “No desperdicien su juventud” nos dice con fuerza. En este mundo secularizado, existen invitaciones atractivas, más ilusorias. Poseer bienes, satisfacciones y placeres banales no es lo que trae la verdadera felicidad. Eso es lo que la historia y la vida (consciente) nos ha mostrado. Tenemos que enamorarnos del AMOR y vivir para que sea ÉL el agente transformador de nuestra sociedad.

La fiesta acaba y tengo la sensación de haber vivido un sueño. Tantos jóvenes, que como yo, creen en aquel hombre, en aquella idea. El camino puede ser arduo, pero después de ayer, es difícil creer que lo recorro solo.

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