Month: May 2007 Page 2 of 6

Por que namorar?

Por que namorar

Saí do banho pensando se as pessoas realmente se perguntam o por que namorar, antes de começar um relacionamento desse gênero, ou simplesmente começam o namoro e vêem no que vai dar, depois.

Na semana passada, ouvi de uma amiga, lamentos “tenebrosos” sobre o seu namoro. Que estava ligeiramente arrependida por não corresponder as suas expectativas e ser algo demasiadamente empenhativo. Dizia que não precisava namorar para beijar alguém, estar juntos… e que namorando se privava de “ficar” com outras pessoas, de fazer o que quisesse sendo, no seu conceito, livre!

O modo como ela falava do seu namorado, com certo tom de escárnio me fez sentir mal, por me imaginar no lugar do garoto e um dia saber que a minha namorada estivesse dizendo aquelas coisas ao meu respeito à pessoas que nem sequer me conhecem.

Perguntei então a ela porque havia começado aquela experiência, se ficou claro que desde o início ela não estava disposta a viver o namoro com seriedade. O fato de ela não saber o que me responder me fez pensar o porquê namorar, porque eu comecei a viver uma experiência desse tipo.

Pensando na minha experiência, concluí que tudo gira em torno da exigência de construir a minha vida com alguém, dividir tudo, crescer junto. Sempre achei que assim a vida pareceria mais emocionante, verdadeira.

Por isso comecei a namorar, pra viver com ela e por ela e, logo pude descobrir a fantástica capacidade que possuímos de gerar felicidade, o quanto é bom fazer coisas aparentemente simples, dar uma flor, ligar (mesmo sem vontade), dar um abraço e receber em troca um sorriso.

Desde o início, até o fim, vivi, descobri e redescobri o quanto é gostoso estar com alguém e compartilhar as nossas vidas.

Namorar não é um contrato que assinamos com alguém que estará disponível 24 horas por dia para satisfazer nossas carências. É um pacto de amor recíproco, de estar pronto a amar, ao ponto de “dar a vida” (muitas vezes perdendo vontades) pelo outro.

Desse modo, acredito que seria mais raro encontrar pessoas arrependidas com uma experiência tão realizadora. Qualquer objetivo nobre nesse caso, qualquer escolha pessoal, é pessoal. O que nos faz estar com alguém é, essencialmente, a vontade de construir a vida juntos. E PONTO.

Sempre, logo e com alegria

com alegriaHá quase três semanas fui convidado a viver uma nova experiência, um novo desafio interior, para medir o quão concreta era a minha disposição de viver pelo Outro (a outra, nesse caso).

As experiências que assumi desde o início do ano, com coragem, fizeram com que, acima de tudo, tivesse a certeza de que qualquer movimento, cada passo dado, com dificuldade, fazia parte de um grande Plano, de um efetivo conhecer-me e perceber as minhas potencialidades em relação ao amor.

Há quase três semanas minha namorada pediu para não nos falarmos mais!
A “unilateridade” da decisão me assustou razoavelmente, mas, após os 10 segundos de desespero, fui tomado por uma paz particular, quase estranha.

As minhas experiências fora do meu ambiente, tudo aquilo que pude viver, me fizeram entender a importância de estarmos livres nesses momentos. A exigência de poder mergulhar plenamente naquela realidade me impulsionava a não perder tempo com as coisas, pessoas e relacionamentos que havia deixado. Existia aquela nova oportunidade, passageira, que eu deveria aproveitar até o FIM.

Encontrando-me agora do outro lado da situação, não conseguia deixar de compreendê-la. Havia sentido as mesmas coisas e agora, só me restava mesmo amar. Porém, algumas coisas me fizeram pensar se realmente estaria disposto a esperá-la sempre, se assumiria com felicidade decisões arbitrárias, fiquei confuso.

Dar-me conta que a grande decisão estava na minha mão… de amar ou desistir, isso me assustava. Assim, através de diálogos profundos e de um contínuo colóquio com Deus, entendi que novamente o meu papel é entregar, vivendo o agora, despreocupado com o futuro.

Renovei (novamente) o meu conceito de amor… que é perda total, morte verdadeira de si mesmo, para que o outro possa seguir seu caminho à distância, mas suportado por um amor efetivamente concreto.

Os passos que tive que dar até agora, as compreensões assumidas, me deram a clareza do quanto somos realmente capazes de amar, sempre que saímos de nós mesmo.

Agora é uma nova fase… um deixar de esperar e viver o momento presente. Estar com as pessoas, construir novos relacionamentos, aprofundar os velhos, livre para aceitar novas Vontades. Sempre, logo e com alegria.

O homem pode transformar a política

transformar a política

O mundo viveu grandes revoluções históricas, especialmente nos últimos duzentos anos. Mobilizações sociais, regimes extremistas, ações de tantos que almejavam um mundo novo, pensando no que achavam melhor, mas nem sempre deixando heranças proveitosas para as gerações posteriores. No Brasil, “Mensalão”, “máfia das sanguessugas”, impeachment, “operação navalha”, são alguns exemplos atuais dessa raiz corrupta dos detentores do poder no país. Uma pergunta permanece: dá para transformar a política?

Desde a colonização portuguesa, voltada para consumir os recursos naturais e minerais do Brasil, houve uma contínua postura proveitosa da grande maioria dos responsáveis pela administração do espaço público. Quinhentos anos depois, desenhou-se ainda uma crescente evolução dos mecanismos de corrupção. Uma nova fase do “crime organizado” endêmico, aparentemente isento de soluções.

Atualmente, medidas para dificultar as peripécias dos governantes corruptos têm sido adotadas de forma gradual pelo poder federal brasileiro. Escândalos envolvendo tanto o judiciário, quanto o legislativo e o executivo, estão mais presentes na mídia, fato de considerável avanço para a sociedade, que agora pode acompanhar o desempenho dos seus eleitos e aliados durante o mandato.

Acreditar em uma solução para essa endemia hereditária parece utopia vendo movimentos tão vagarosos, sobretudo punitivos a essas atitudes. A transparência nos mandatos, uma maior fiscalização da mídia como instrumento incentivador do acompanhamento da população, voltando às suas raízes de veículo de comunicação social, são algumas medidas aplicáveis.

A idoneidade comprometida da polícia federal, civil e militar com a população, suplantada por salários e condições de trabalho dignas, são os primeiros passos para que essas fiscalizações sejam efetivas e isentas de fraudes e subornos.

Porém, mesmo diante de todas as medidas concretas, que criem terreno para o combate a corrupção, é a transformação do “ator político”, que abrange todos os interesses da pólis (Estado) englobando a sociedade, a comunidade e a coletividade, que possibilitará avanços efetivos para o combate a corrupção. Antes de uma política verdadeira, concreta, nova, é preciso homens novos, cidadãos responsáveis do seu papel cívico.

Os iminentes fracassos de mudança social certamente se deram porque se buscaram mudanças de regimes, estamentos, mas não se buscou mudar o homem. Esse compromisso social e pessoal de cada um é o pré-requisito que possibilitaria viver em um país que efetivamente se desenvolve, não isento de problemas, mas pronto para buscar soluções visando o bem estar social.

Manual pra ser feliz

ser feliz

Ei você! Isso, você mesmo!

Que está aí, em frente ao computador enquanto poderia estar fazendo muitas outras coisas.

Mas não! Resolveu perder tempo lendo pensamentos de um louco que acredita no mundo, nas pessoas, que acredita no amor.

Calma! Não precisa correr os olhos tão rapidamente!

Reflexões não são feitas para serem consumidas. São na verdade um incentivo pra parar cinco minutos diante de si, frear o ativismo irracional que nos faz fazer e não pensar.

Como anda a sua vida?

Ela tem valido a pena?

Você se considera alguém feliz?

Tem percebido que está predestinado à felicidade?

Se você se incomodou com essas perguntas ou as considera de importância questionável, talvez seja mesmo hora de repensar a vida.

Calma! Não vá embora!! Espere só eu dizer mais uma coisa!

A vida passa e o pior (ou seria o melhor?) é única. A gente perde muito tempo com medos, dúvidas e tantas vezes deixamos de mergulhar profundamente nas experiências, nos relacionamentos.

Nos contentamos com o mundo que o capital nos apresenta e deixamos de estar realmente na trilha da realização plena.

Bom, se você não desistiu de ler nos dois primeiros parágrafos… Vá atrás das pessoas, dos relacionamentos, da Verdade, de Deus.

Viva as experiências intensamente, pensando nos Outros, na sua capacidade de proporcionar felicidade e não simplesmente no prazer de desfrutá-la.

A magia da liberdade divina é que, ao mesmo tempo que ela nos mostra claramente (se vivemos conscientes os acontecimentos cotidianos) o caminho que devemos seguir para sermos diariamente felizes, ela nos deixa escolher escrever nós, até sozinhos, a nossa história.

Mas sabe… conte comigo!

Pois, mais que saber aonde chegar, melhor é ter certeza que podemos estar lá, na eternidade, juntos.

Herói moderno

Herói moderno

O que é aquilo ali em cima? Um pássaro? Um avião?

Quem é esse ser que me carrega no colo e me pega pelas mãos, ensaiando meus primeiros passos?

Que me protege com seu seu olhar, me acalma com seu sorriso?

Hoje, o herói agüenta o peso das compras do mês, está no telhado ajustando a antena da tv, ou fica acordado a noite inteira pra ninar o bebê.

O super homem pós moderno precisa viver as tentações que o mundo capitalista proporcionam, constantes frustrações de uma realidade que não valoriza seus esforços e sua vida de imensurável doação.

O herói é aquele que perde muitas vezes a juventude em prol do todo, da família. Esquece de si mesmo para evidenciar o bem comum, buscando dar o melhor para cada um dos seus filhos. Alguém que sabe usar com majestade a autoridade que lhe foi concedida, reprimindo por amor e confortando quando necessário.

É este herói que vê os anos passarem, os filhos crescerem e percebe finalmente que permanece o amor. Seus super poderes não são mais tão necessários, somente a visão de raio X, para estar sempre alerta às necessidades de algum deles.

É… o grande herói dos tempos modernos é sem dúvida o Pai.

Que mesmo envolvido pelo amor materno sobre a família, ama tantas vezes no silêncio, concretamente, dia após dia.

(texto em homenagem ao aniversário do Ângelo G. da Silva)

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