O sol que brilhava sobre os montes e entre os arranha-céus,
vai aos poucos sendo encoberto pelas nuvens carregadas.
Os pássaros voam baixo para procurar abrigo sob a copa das árvores.
e as pessoas correm para escapar da iminente chuvarada.
O cinza e branco que cobrem o céu parece um grande e bonito véu,
que se intensifica como apressam-se as passadas,
dos cidadãos que procuram um lugar seguro na imensa metrópole
para que não acabem de alma lavada.
E eu, dentro desse mar turbulento e desses caminhos sinuosos,
penso em me esconder dentro de mim, mergulhar nesse mar que está para se formar.
Transfiguro-me com o pão e o vinho, alimento sagrado
e descubro-me protegido enquanto não estou parado.
Assim nem penso mais em fugir da chuva que certamente cairá,
levanto a cabeça, olho pro lado, pra trás, sem medo, sem me contentar.
Só peço ao Pai uma proteção, uma ajuda urgente para essa realidade.
Só peço a Deus um guarda-chuva para suportar essa grande Tempestade.
Vitor
Nossa, lendo em voz alta fica outra coisa! Gostei! Vou ler de novo.