Month: April 2007 Page 4 of 5

A saudade

saudade

Faz três meses que venho tentando descobrir os bens e malefícios de sentir Saudade.

Essa tal “espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa de um bem especial que está ausente acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo (Wikipedia)” é algo exclusivamente egoísta ou é fruto de um amor verdadeiro?

Hoje acordei morrendo de saudades… da vida que tinha, de quem eu era, daquilo que vivi. Não fiquei alegre, na verdade doeu muito saber que o que passou, passou, e o que me sobra são três palavras (e um artigo): Viver o momento presente.

Novamente me lembro que SAUDADE é uma palavra da língua portuguesa. Que designa um sentimento nosso, da nossa afetividade brasileira, do nosso modo de nos relacionarmos, amarmos.

“Uma única palavra para designar todas as mudanças desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa em relação às línguas itálicas; há mesmo um mito de que seja intraduzível. Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos a apontou como a sétima palavra de mais difícil tradução.” (Wikipedia)

A origem da palavra eu fui buscar também na enciclopédia digital. (…vem do latim “solitas, solitatis” (solidão), na forma arcaica de “soedade, soidade e suidade” e sob influência de “saúde” e “saudar”) Saudade é saudar a solidão… festejar o fato de estar só, não intrinsecamente, mas para ser DOM. Perder o outro, POR AMOR.

Os nossos irmãos lusitanos dançam o Fado justamente para celebrar esse sentimento tão inexprimível…

A tal wikipedia diz que é possível “matar a saudade” “relembrando, vendo fotos ou vídeos antigos, conversando sobre o assunto…” mas disso eu discordo profundamente. Todos esses procedimentos “auto ajudáveis” só intensificam o sofrimento pela distância, a renúncia de nós mesmos. Concordo que “A saudade pode gerar sentimento de angústia, nostalgia e tristeza, e quando “matamos a saudade” geralmente sentimos alegria.” Porém tenho descoberto outras facetas desse sentimento tão particular.

A saudade serve de impulso contra o nosso egoísmo. Concretamente, vivemos ligados às lembranças de coisas boas, de sentimentos bons, de prazer pessoal, mas que muitas vezes nos fecham em nós mesmos.

Entendi então que o melhor modo pra “matar a saudade” é viver o tal MOMENTO PRESENTE… estando perto das pessoas que encontro, ligando para um amigo distante, arrumando a casa… nada de muito GRANDE, mas a vida é feita mesmo de pequenos atos.

Assim, a saudade passa, a alegria volta e se pode viver realmente a FELICIDADE por quem está longe, sabendo que a gente pode sempre se encontrar nesse PRESENTE bem vivido, aproveitado, até o fim.

Nascondino: guardare oltre per trovare chi si nasconde

Nascondino
Se hai già giocato a nascondino, ti accorgerai
L’immagine che io sono costretto a guardare,
è la conferma di che raggiungere la felicità
è diventato ancora più difficile.
Fiori di plastica,
Rapporti virtuali,
TV…Mi sembra quasi impossibile
vedere il bello nel mondo
costruito dalla “dittatura della ragione”.Nonostante ciò mi sveglio.
Come di solito mi affretto
per lavorare.Ma guardando il giardino di casa,
il mio cuore si riempi di Qualcosa,
che non me lo saprei spiegare.
Lui c’è ancora, basta cercarLo.

Varianti del nascondino:

Come la maggior parte dei giochi da bambini tradizionali, nascondino è noto in molti paesi e secondo una grande quantità di varianti. La variante principale di nascondino è Sardina (o “Nascondino al contrario”), così chiamato perché al termine del turno i giocatori sono tutti nascosti in un unico luogo, stretti appunto come sardine. Infatti tutti i giocatori contano, al di fuori di nascondersi. Terminata la conta ogni giocatore (non in gruppo) inizia la ricerca del giocatore nascosto. Una volta individuato il giocatore deve nascondersi insieme a questo senza farsi scoprire dal resto del gruppo. L’ultimo che avrà scovato il nascondiglio perde la manche e dovrà nascondersi al turno successivo.

A princesa e a coroa

coroa

Era uma vez uma belíssima princesa que vivia em seu castelo, mas que procurava sempre vaguear pelo reino, para estar em contato com todos os que compunham seu povo.

Seus cabelos lisos, olhos castanhos e o sorriso contagiante, atraíam todos os homens, mas era pouco se comparado a sua personalidade benevolente e seu coração sempre pronto a amar.

Era segura das suas escolhas e não tinha medo de sobrepor-las diante das dificuldades e mesmo das circunstâncias que surgiam na sua vida.

Porém, um dia, o rei quis presenteá-la com uma linda coroa. Ao vê-la se sentia afortunada de poder receber um presente tão valioso. Sabia que era algo grande, especial.

Assim, do momento em que recebeu o ornamento real, nunca mais olhou no espelho. Já não precisava mais admirar sua beleza, pois a coroa presenteada justificava quem ela era por si só.

Contudo, o tempo foi passando e a coroa foi se desgastando, já não era tão bela como outrora, seus brilhantes frontais ameaçavam cair e os riscos decorrentes do uso começavam a cobrir toda a superfície da coroa.

Mesmo assim, a princesa não conseguia mais se olhar no espelho, já não sabia como era, quem era. A coroa havia sugado todo o amor próprio, toda a consciência do quanto ela era bela, independente de qualquer ornamento.

Certo dia, o rei, querendo restaurar a coroa, decidiu pedi-la a princesa, que não queria permitir, temendo uma transformação.

Assim a coroa, ao ser retirada de sua cabeça, foi esquecida pelo rei e a princesa passou a sofrer, pois não sabia mais que quem ela era independia do uso do ornamento.

Não tinha mais coragem de olhar no espelho temendo não ser mais bela como era anteriormente e desde então, passou a vida trancada em seu castelo, para que nunca mais fosse olhada pelos homens do reino.

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Pensei nessa história após uma fantástica conversa com uma amiga que parecia ter esquecido quem ela era. Havia terminado o namoro e estava sofrendo por se sentir desvalorizada. Ela, como a princesa, esquecera a importância de se VER no espelho.

Binômio essencial da existência humana

Binômio

Escrevi em março sobre dois assuntos que “pauteiam” (usando a linguagem jornalística) a vida de todos aqueles que podem se considerar humanos, neste lugar que habitamos e que chamamos de planeta.

A liberdade de escolher, conivente com as perdas que fazem parte do processo de escolha, realmente nos liberta dos condicionamentos em que somos envolvidos. A razão serve para iluminar a única saída para descobrir o que é a verdadeira liberdade e aqui entra um pouco o conceito pessoal de fé.

Na minha vida e em tudo aquilo que pude viver até então, vejo claramente os movimentos e as conjunturas que direcionaram meu caminho e me fizeram chegar até onde cheguei. A oração e o constante diálogo com Deus me fizeram perceber que existe mesmo Alguém ou Algo (cada um que escolha o modo de enxergar esse Deus universal) que me conduz. Que usa do War divino para me colocar em um lugar específico, com funções específicas, para então, contribuir para a construção do seu Reino.

Assim, ser livre é realmente optar entre contribuir ou me omitir às “jogadas divinas” desse Deus que me ama imensamente e que prova seu amor através de circunstâncias concretas, que tantas vezes passam desapercebidas.

Reconhecendo-me livre, preciso entender como jogar a Vida, como deixar minha contribuição pessoal para que esses não sejam 80 anos (mais ou menos) de vazio.

E é aí que entra o segundo membro do binômio: o amor. Que na poesia Felicidade é envolvido de uma série de descobertas e de muitas conseqüências que elas geram interiormente.

O amor é a nossa parte, a missão de movimentarmo-nos em direção aos outros, especialmente aos necessitados de pão, de amor, de Deus.

Descobri tudo isso na minha viagem para a Indonésia. Sempre me perguntava o porquê estou aqui, vivendo na minha família, estudando na PUC, trabalhando em uma editora, relacionando – me com os meus amigos, namorando a minha namorada… será que daria para ser diferente??

Mas lá, do outro lado do mundo, diante das realidades cruéis decorrentes do Tsunami, entendi que existia um plano para a minha vida. Que devo vivê-la pelos outros e para Deus. Que o fato de viver e me esforçar para que tudo seja verdadeiramente BEM VIVIDO, ressalta o meu papel no Grande Jogo, pois as graças, providências e milagres vêm em conseqüência dos meus atos.

Para entender o valor do binômio é preciso somente estar mais atento àquilo que o coração (para os leigos), Deus (para os religiosos) ou o Espírito Santo (para os católicos) nos diz cotidianamente e que a vida pós moderna faz questão de nos desorientar.

Solidão solitária: os paradoxos que envolvem o físico e o espiritual

Solidão

Estou só, mas não sozinho.

A solidão, amiga de passeios, cinema, corridas no parque, bons livros, músicas românticas ou simplesmente bonitas, me acompanha pacientemente, sem cobranças, está ao meu lado.

E eu, caminhando, pro trabalho, universidade e enfim pra casa, aproveito para estreitar meu relacionamento comigo mesmo, me conhecer melhor, entender ao menos um pouco das complexidades, contradições, medos, angústias e sonhos, que vagueiam aquilo que emana do IN para o consciente.

A solidão é que permanece sozinha, intrinsecamente, pois eu, mesmo desconsiderando o aspecto concreto, sinto-me mais do que nunca, acompanhado. De mim mesmo, de Deus, das pessoas que me ligo espiritualmente.

Só assim consigo me ver e ver que o mútuo e constante OFERECER cada momento por quem amo, serve de combustível para amar àqueles que ainda não consigo.

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O importante não é se dar conta da grandeza de um ideal, mas perceber a sua beleza, que só existe, a medida em que o doamos para as pessoas.

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