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Tenho refletido sobre o modo com o qual tenho vivido os meus poucos anos de vida.

Digo poucos, sobretudo porque, quando olho pros meus pais e tudo aquilo que eles já viveram, sinto um certo receio em acreditar que já vivi o bastante para contar histórias.

Lembrei-me do período em que estava fora do país… das experiências que vivi em tantos lugares com tantas pessoas e a minha constante preocupação em fazer com que todos pudessem viver àqueles momentos comigo.

Sinto como “vocacional” o meu anseio em escrever sempre, em dividir minha vida minuciosamente, permitir que todos participem das minhas decisões, sonhos e possam assim, viver cada passo, triste ou feliz, COMIGO.

Claro que não faz bem pretender isso de ninguém, mas será que posso dizer que isso é uma qualidade? Um sinal de maturidade, de comprometimento com os outros e uma coragem de me expor???

Ultimamente também tenho estudado muito a Personagem e o Sujeito empírico… Nas aulas de Teoria da Comunicação é um assunto pontual. Por isso tenho entendido que a maioria das pessoas tem sim medo de serem quem são. Procuram através de uma personagem oculta mostrarem-se especiais, interessantes, diferentes, escondendo realmente os limites, incertezas, medos.

Acredito que o medo de se expor nos torna misteriosos aos olhos das pessoas e assim, ser personagem é ainda mais interessante.

Bom… destes devaneios tiro algumas conclusões. A vida é muito mais gostosa quando partilhada. Quando nos doamos sem escrúpulos, para se construir e construir a nossa vida, JUNTOS.

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1 Comment

  1. Vitor

    “A vida é arte do encontro” Vinícius de Moraes

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