Estou só, mas não sozinho.
A solidão, amiga de passeios, cinema, corridas no parque, bons livros, músicas românticas ou simplesmente bonitas, me acompanha pacientemente, sem cobranças, está ao meu lado.
E eu, caminhando, pro trabalho, universidade e enfim pra casa, aproveito para estreitar meu relacionamento comigo mesmo, me conhecer melhor, entender ao menos um pouco das complexidades, contradições, medos, angústias e sonhos, que vagueiam aquilo que emana do IN para o consciente.
A solidão é que permanece sozinha, intrinsecamente, pois eu, mesmo desconsiderando o aspecto concreto, sinto-me mais do que nunca, acompanhado. De mim mesmo, de Deus, das pessoas que me ligo espiritualmente.
Só assim consigo me ver e ver que o mútuo e constante OFERECER cada momento por quem amo, serve de combustível para amar àqueles que ainda não consigo.
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O importante não é se dar conta da grandeza de um ideal, mas perceber a sua beleza, que só existe, a medida em que o doamos para as pessoas.
Vitor
A solidão não pode existir na leitura. Ler é um contato direto direto com nós mesmos. É botar pensamentos, poesias, arte dentro de nós, dentro da nossa caxola, e de lá tirar os coelhos mágicos do deslumbramento que nos trazem o mundo, nos dão o mundo em um encontro com o que nos move. O que existe entre o mundo ganho e o ganhador.