Em muitos momentos duvido ser realmente capaz de amar sem esperar nada.
Tenho construído muitos relacionamentos e venho percebendo a importância singular de cada um deles e o quanto eles me fazem bem.
Viver pelos outros, desde sempre, foi o meu grande desafio… colocar meus desejos, angústias, limites, em segundo plano para me preocupar com o sofrimento e felicidade de quem está ao meu lado.
Porém… redescubro-me tantas vezes longe, pois existem resquícios de cobrança. Um querer ser amado, na mesma medida em que procuro amar.
Este caminho serve para purificar meu amor e é um desafio constante. Deve-se amar porque o amor se justifica por si só e violando o princípio da gratuidade perde-se o sentido deste mesmo amor.
Humanamente é difícil acreditar plausível esse amor gratuito… Acabamos esperando sempre e cobrando, pois sempre acreditamos que o nosso modo de amar é o melhor.
Durante toda minha (curta) vida venho redescobrindo constantemente o amor e entendi que sentir-se amado é, mais que tudo, acolher o modo de amar daqueles que são diferentes de nós, mas que nos querem bem, tanto (ou mais) quanto nós os queremos.
Flavia
Estou de pé para te aplaudir! Valter, texto PERFEITO! Recordei-me agora de uma conversa que tivemos no msn, sobre a realidade de amar sem esperar nada em troca, que muitas vezes chega a ser uma utopia! Acho que todas as relações só existem através de trocas, principalmente na troca do amar. Muitas vezes, quando amamos sem esperar nada em tronca, é quando nem sabemos que estamos fazendo isto. Não é quando compramos um presente, ou dizemos que amamos, mas quando com pequenas coisas tornamos o “outro” feliz.
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