Como isso passou de exceção à regra, decidi me questionar sobre como procuramos construir nossos namoros. Sinto uma certa fragilidade e falta de coragem em enfrentar as dificuldades que qualquer relacionamento proporciona. Que o amor é sempre menor que elas.
Acredito que essa postura permeie há muito tempo o modo como nossos “pais” construíram os relacionamentos deles, que muitas vezes por motivos sociais, foram construídos de modo frágil e que gerou danos profundos nas famílias de hoje.
O desafio da nossa juventude é incutir a radicalidade, específica da nossa geração, no modo como construímos nossos namoros. Acreditar que o amor EXISTE e abastecê-lo com sinceridade, honestidade, abertura e se nada disso existir: misericórdia e paciência.
Não precisamos sonhar ou esperar que o Outro seja aquilo que especulamos, mas se existe amor, é preciso lutar, sofrer, chorar, para construir algo verdadeiro e perene. Desistir nas primeiras dificuldades é covardia, é não entender que edificar algo verdadeiro e eterno requer muito empenho e coragem.
Pois, se não fizermos desde já esse esforço, seremos mais uma geração de famílias sem bases, frágeis e isso causará malefícios decisivos para as próximas gerações.