Month: February 2007 Page 1 of 3

Silêncio como palavra

palavra

É sempre mais fácil dizer aquilo que achamos do mundo, criticar, julgar situações e pessoas. Acreditar na nossa razão, confiar nos nossos instintos e potencializarmos o valor da nossa auto – suficiência.

Ou…

É sempre mais fácil calar-nos, omitir tudo aquilo que vemos, tirar o corpo fora nas situações e nos relacionamentos com as pessoas. Não nos envolvermos e deixar-nos levar pela nossa falta de confiança e dependência das outras pessoas.
Contrastes de caráter, pois parece que em qualquer relacionamento, um fala e outro escuta, um se abre e outro se fecha, um diz o que pensa e o outro omite. Parece troca, mas não é.

O silêncio é a comunicação por excelência, o ápice, que mostra desnecessário a materialização de desejos e idéias em palavras. É estar sintonizado no Outro ao ponto de nos entendermos através de olhares, gestos…

Porém, não é possível esperar essa sintonia, esperar do Outro, e para isso a comunicação é imprescindível. Comunicar (e muitas vezes comunicar é permanecer em silêncio) é sobretudo permitir que se construa essa ponte em direção ao outro, para que esta sintonia possa transformar e potencializar cada relacionamento.
O silêncio. Que importância avassaladora existe nesse calar-se!! Afinal de contas, se alguém falasse e o outro não permanecesse em silêncio, não haveria comunicação, pois ela nasce do comum acordo entre o silêncio e a palavra.

Filme feliz

Filme feliz

Caminhando pela rua vejo um homem que observa dois pássaros cantando sobre uma árvore, aparentemente comum. Percebo que ele procura afinar o assobio para estar em uníssono com as avezinhas.

Empolgado com aquilo que via, um casal de velhinhos que passava ao lado começou a dançar uma harmoniosa valsa, que arrancou aplausos daqueles que podiam desfrutar do pequeno espetáculo do acaso.

Tanta felicidade convidou às pessoas a dançarem e em poucos minutos a calçada das ruas do Centro parecia uma pista de dança do que poderia ser um baile típico dos anos 70. (ou seriam 80?)

Todos pareciam desempenhar bem seus papeis no show armado. Todos estavam exprimindo uma felicidade atípica, incômoda, contra os paradigmas do “anti-social” modo de portar-se diante das pessoas e das situações.

O papel de cada personagem era seguir o fluxo, trabalhar, estudar, conquistar, ser, consumir. Porém, de alguma forma, aquele baile parecia fazer brotar uma nova concepção de vida, o desabrochar de um novo modo de atuar na sociedade, nesse lampejo de existência em que somos convidados.

Hoje, continuamos a representar, a sermos personagens deste mundo imaginário, mas agora, ao menos procuramos atuar em um filme feliz.

Dom de si: a descoberta de um amor que vai além do humano

dom de si

Quando mais queremos ser amados é que precisamos amar, dilatar nosso coração e ir de encontro aos outros, sendo dom de si mesmo.
O amor (Ágape) tem uma dinâmica diferente daquela que estamos habituados a assumir, é algo muito mais trabalhoso e edificante do que aquilo que os meios de comunicação e a publicidade procuram nos apresentar.

Amar é muito mais DAR que RECEBER, é descobrir a felicidade no outro.

Vivendo momentos de solidão e carência, nos vemos passíveis de perder o respeito pelo nosso próprio corpo, de nos sujeitarmos a relacionamentos, momentos de um prazer instantâneo, intenso, mas que passa na mesma velocidade e cria um vazio ainda maior.

Nossas potencialidades estão justamente no fato de poder dilatar nosso coração em relação às pessoas: amigos, colegas de trabalho, família…

Estar fechado e centrado em si mesmo nos faz limitados, não nos deixa crescer e ver o mundo com olhos divinos.

O Próximo, que os cristãos deveriam amar (não só teorizar), é justamente essa pessoa que Deus colocou ao nosso lado para nos ajudar e incentivar a construir uma existência, que supere os limites do nosso Eu.

Dizer que te Amo: Abrir o coração para dizer o amor ao outro

Dizer que te Amo

Sempre tive certo receio de manifestar meus sentimentos em relação às pessoas, praticamente por insegurança. Difícil dizer que te amo.

Porém, a vida me proporcionou relacionamentos verdadeiros e profundos o suficiente para entender quão valoroso é exprimir o nosso amor em relação às pessoas.

Concretamente, pode-se fazer muitas coisas, mas, estando tão banalizado e instrumentalizado o dizer que te amo, parece ainda mais difícil transformar em palavras esse sentimento.

Dizer que amamos uma pessoa é relembrá-la do quanto ela é importante para as nossas vidas, o quanto, muitas vezes não parecendo, ela é artífice, protagonista dos momentos mais lindos da nossa existência.

Parece algo bobo, simplório, mas, transformando sentimento em palavras, incluímos o objeto amado no nosso universo de agradecimentos, graças, fazendo também com que ele saiba e sinta a importância que tem para nossa felicidade.

Portanto… Você, que parou pra ler meu blog, Amo você.

Mulheres: um universo maravilhoso e misterioso para descobrir

Mulheres
As vezes essa capacidade inestimável  das mulheres de fazer mil coisas ao mesmo tempo, de viver diferentes realidades, preocupar-se com o mundo, enquanto está presa nos estudos ou trabalho, me irrita. Contudo, o perfume gostoso, o sorriso, a delicadeza e a excessiva sensibilidade em relação aos outros (e a si mesma) é algo realmente admirável.
Convivo com muitas (e maravilhosas) mulheres… irmãs, mãe, amigas e todas incorporam características em comum que a fazem ser mulheres fantásticas.
Às vezes me desespero porque as diferenças existentes entre nós, homens, e as mulheres, parecem intransponíveis, mas até nesses momentos a compreensão e a disponibilidade de ajudar a “caminhar juntos” me ajuda e me impulsiona a amá-las do jeitinho que elas gostariam.
Sempre fui um apaixonado pelas mulheres, pelo jeito de falar, de sorrir, de abraçar, pelo perfume, pelo companheirismo, pelo respeito, pela sabedoria, porém tenho visto certa banalização da feminilidade em prol da liberdade, dos “direitos” femininos, que se confundem com direitos dos seres humanos.

As mulheres não podem querer ser como os homens e assim incorporar toda a negatividade que existe nos comportamentos machistas que permearam a história durante quase sempre.  Amo as mulheres que são mulheres que não omitem sua fragilidade sentimental, mas que mostram a sua força através de um amor sem medidas.

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